segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Tema:
Cole o coração vermelho no quarto:
Ela estava muito cansada. Todo dia era a mesma coisa.
Ela se via puxada para dez direções diferentes: filhos, roupas para lavar, compras no supermercado, prazos para cumprir, amigos pedindo conselhos, cartas necessitando respostas, o telefone que não parava de tocar.
Ela se sentia abatida e exausta além da conta.
Ele estava irritado. O dia fora difícil, na lida com homens e mulheres cujas vidas
estavam desmoronando. Depois de uma hora preso no trânsito, ele encontrou os
filhos querendo sua atenção, uma lista de pacientes para quem precisava telefonar
e uma pilha de contas para pagar.
Nas primeiras horas da noite, ambos se esforçaram para não gritar, tentando
controlar os nervos em frangalhos.
De repente, alguma coisa insignificante acelerou o processo de descontrole.
As vozes de ambos se elevaram diante da intensidade da discussão. Sem querer, eles estavam trocando palavras que não desejavam pronunciar.
Assuntos que nem eram relevantes foram trazidos à baila. Mágoas passadas foram revividas. Mágoas guardadas e nunca perdoadas.
Uma simples discussão se transformou num debate acalorado. Quando estavam aos gritos, a porta do quarto foi entreaberta. Lentamente. Silenciosamente.
Uma mãozinha se esgueirou pela fresta e colocou alguma coisa na porta.
Imediatamente, a mãozinha sumiu e a porta foi fechada.
Curiosa, ela se levantou para investigar. Preso na porta com fita adesiva havia um pequeno coração de papel vpintado de vermelho, com os seguintes dizeres:
eu amo a mamãe e o papai. o filho de oito anos, estava fazendo sua parte em prol da paz na família. Lágrimas de vergonha molharam o rosto da jovem mãe. Marido e mulher se entreolharam, arrependidos por terem permitido que as suas emoções extrapolassem e
prejudicassem seu lar. De repente, nem lembravam mais sobre o que estavam discutindo, quando o pequeno filho colocou um coração de papel vermelho na porta do quarto.
Mas eles resolveram deixá-lo colado ali como um lembrete para os dias futuros.

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